Nunca mais postei nada aqui no tisan, basicamente por preguiça. Sorry aos que ainda acompanham o blog. Vou tentar corrigir isso a partir de agora. Começo postando um texto que produzi para a matéria de redação 6 no Ielusc, e espero que seja a primeira de muitas postagens dentro de muito em pouco tempo... ou algo assim... haha
As dores do mundo
Quando o mindinho do pé encontra a beira de um móvel no breu da madrugada ou quando a vida nos dá uma rasteira bem dada. Quando a gravidade nos guia involuntariamente rumo ao chão ou quando as palavras são mais lacerantes que um diamante afiado. Em toda nossa vida a dor sempre está presente. É verdade que geralmente vem acompanhada de ais, uns bons palavrões e referências a mãe de alguém, mas este não é um comportamento padronizado. Os mais recatados, por exemplo, apenas cobrem a boca com as mãos e choram. Os masoquistas fazem questão de se deliciarem com ela. Já minha avó costuma falar “alvaia” quando se machuca. Acho que é uma palavra pouco propícia para o momento, já que é elaborada demais para ser bradada em meio ao desespero e fúria, mas cada um é cada um.
Aprende vó. Não tem "alvaias"...
Independente dos comportamentos, é normal observar certa discussão quando as pessoas são questionadas sobre qual é a pior dor do mundo. Geralmente as mulheres falam do parto normal. É mais um dos fardos que elas dizem carregar, além da menstruação, cólicas e blábláblá. Os homens já dizem que isso nem se compara a um chute no saco. Dai as senhoritas dizem quão grande é nossa sorte por não podermos parir uma criança, o quanto somos insensíveis e ficam brabas pois nunca poderemos compartilhar do sofrimento delas. Sinceramente, não entendo esta atitude. Eu fico particularmente grato pelas mulheres serem incapazes de sentir o que é um chute no saco. Afinal, imagino que o resultado estético não seria dos melhores.
Mulheres com saco... não é isso que eu falei, mas...
Apesar de toda esta disputa, posso afirmar com certeza que o que mais dói no mundo é o coração partido. Metaforicamente, claro. É quando suas esperanças amorosas são reduzidas a pó num piscar de olhos. Explico meu ponto de vista, tanto aos que compartilham dele quanto aos que estão começando a duvidar que eu realmente saiba o que é uma paulada nos culhões.
AI... como dói
Primeiramente, o que mais ouvimos por aí são músicas sobre dor de cotovelo, desilusões amorosas, etc. E por pior que sejam, existe todo um esforço envolvido na composição de uma canção. Qualquer pessoa normal só gastaria essa energia para algo que realmente tenha deixado marcas profundas, algo que valha a pena registrar. E eu nunca ouvi uma letra que tratasse das dores de parto, nas zonas erógenas ou de cálculo renal. Em segundo lugar, assim como todos eu já sofri deste mal. É horrível. Geralmente se fica deprimido, duvidando de próprio valor e pensando em qual foi o erro cometido... No meu caso, fiquei moribundo, duvidei da minha sexualidade e até pensei em voltar no tempo para tentar concertar as coisa, ou matar meu pai para criar um paradoxo temporal e acabar com a existência humana como conhecemos de uma vez por todas.
Adeus universo!
Felizmente o tempo passou, as feridas cicatrizam e os sonhos retornam. Graças a Deus não realizei meu plano de colapsar o universo. Isso pois conheci uma garota ótima, das que seriam realmente difíceis de se achar fora da terra.
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