Ti-san te chupa - O Blog dos Brother
Esse é o blog dos brother. É tipo um blog porno, só que não...
Aqui você encontra tolices e Bobagens em geral, com uma pitada de... SAL
domingo, 22 de setembro de 2013
Apenas
VOCÊ RECEBEU A: CAPIVARA DOS BRÓDER
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/ ● ●丶
| ▼ |
| 亠ノ
U ̄U ̄ ̄ ̄ ̄U ̄
REPASSE A CAPIVARA DOS BRÓDER PRA 5 BRÓDER SE NÃO VOCÊ NÃO É BRÓDER
domingo, 11 de agosto de 2013
Não sei se caso ou se compro uma bicicleta
Ser ou não ser? Eis a questão.
Este é, possivelmente, o trecho mais conhecido de toda a obra teatral já escrita. Mas o que tornou o jovem príncipe Hamlet tão famoso? Seria sua desgraça? sua loucura? Outros tantos personagens já perderam sua sanidade, seus amores e sua vida e mesmo assim Hamlet é maior que todos eles. Por quê?
Apesar das coincidências e fantasias necessárias ao desfecho da obra, Hamlet se mostra tão humano e real quanto cada um de nós. Ser ou não ser é muito mais do que um questionamento sobre o reino, é a nossa pergunta fundamental. Hamlet e muito mais do que um príncipe atormentado pelo fantasma do pai em busca de justiça ou vingança. Ele sou eu, você e todos a nossa volta.
Não somos nós também atormentados pelos nosso próprios fantasmas? Quais são cada um deles? Seríamos capazes de acreditar na verdade que nos contam? E se fossemos, buscaríamos nossa justiça? nossa vingança? Assim como Hamlet não é capaz de encontrar a resposta para sua pergunta, nós também não somos capazes de encontrar a nossa. Talvez seja uma pergunta sem resposta. Talvez nós até já saibamos disso, mas isso não nos impede de continuar buscando, isso não nos impede de perguntar:
Ser ou não ser? Eis a questão.
Este é, possivelmente, o trecho mais conhecido de toda a obra teatral já escrita. Mas o que tornou o jovem príncipe Hamlet tão famoso? Seria sua desgraça? sua loucura? Outros tantos personagens já perderam sua sanidade, seus amores e sua vida e mesmo assim Hamlet é maior que todos eles. Por quê?
Apesar das coincidências e fantasias necessárias ao desfecho da obra, Hamlet se mostra tão humano e real quanto cada um de nós. Ser ou não ser é muito mais do que um questionamento sobre o reino, é a nossa pergunta fundamental. Hamlet e muito mais do que um príncipe atormentado pelo fantasma do pai em busca de justiça ou vingança. Ele sou eu, você e todos a nossa volta.
Não somos nós também atormentados pelos nosso próprios fantasmas? Quais são cada um deles? Seríamos capazes de acreditar na verdade que nos contam? E se fossemos, buscaríamos nossa justiça? nossa vingança? Assim como Hamlet não é capaz de encontrar a resposta para sua pergunta, nós também não somos capazes de encontrar a nossa. Talvez seja uma pergunta sem resposta. Talvez nós até já saibamos disso, mas isso não nos impede de continuar buscando, isso não nos impede de perguntar:
Ser ou não ser? Eis a questão.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Quem conta um conto aumenta uns pontos...
Mentira.
Ela está em todo lugar. Faz parte da história da humanidade desde
sempre. Os políticos a utilizam para conseguir votos, os
publicitários para vender produtos, as crianças para escapar das
surras, e assim por diante. Ser flagrado mentindo pode gerar
situações embaraçosas, processos e perda de credibilidade. Isso,
pois geralmente ela é encarada como um distúrbio psicológico, um
desvio moral e/ou um pecado, que dependendo do tamanho pode render
alguma dor nos joelhos após a confissão. Mas o pessoal que se
encontra no segundo piso do número 558 da Rua Santa Catarina, bairro
Floresta, parece não se importar com isso. Caso se importassem
provavelmente não estariam ali, reunidos para um torneio de pôquer,
jogo onde uma das estratégias mais úteis é a mentira. Mas não
qualquer mentira. Tem que ser daquelas bem frias e dissimuladas, com
carão e tudo. Tem que ser o famoso blefe.
Foi isso
que Carlos Eduardo Dias Polizelli, um rapaz de 27 anos, alto e magro,
de cabelos escuros e curtos, que geralmente usa bermuda de tactel,
camiseta, boné, e o apelido Kadu ao se apresentar, detectou às
22h20 daquela quarta-feira, sete de novembro. Um blefe.
Restavam pouco menos de 30 pessoas participando do torneio divididas
em três mesas. Uma corrente dividia a sala ao meio, mostrando a qual
distância aqueles que já estavam fora do jogo deveriam ficar do
veludo verde onde se acomodavam os que ainda competiam. Como em
qualquer partida de Texas Hold'em, todos já tinham recebido
suas duas folhas. O Big
Blind e o Small Blind já haviam feito suas apostas
obrigatórias e quase todos
os que acreditaram nas cartas que receberam seguiram pagando o blind
de 1000 fichas para entrar na rodada. Era a vez de Kadu dizer o que
iria fazer. Como estava no cut-off, e até ali os oponentes
haviam apenas pago o mínimo, resolveu ser um pouco mais agressivo.
Tinha um ás e uma dama de naipes diferentes, uma boa mão pré-flop.
Seria melhor se fossem dois ases ou se ao menos as cartas fossem
naipadas, é verdade, mas,
mesmo assim, as chances pareciam estar do seu lado. Fez o lógico:
deu raise e subiu a aposta para 2100 fichas. Talvez com isso
conseguisse abocanhar o pote antes mesmo de o dealer abrir
qualquer street. Não deu certo. Todos foldaram, menos
o Small Blind, que pagou a aposta e esperou ansioso. Será que
tinha algo útil na mão? Logo o flop foi aberto. Viraram um
três, uma dama e um sete, todos de naipes diferentes. Pôde se ouvir
um dos desistentes reclamando que tinha um três e deveria ter pago a
aposta porque teria chances. Ledo engano. Kadu também tinha um par,
mas não qualquer um. Era justamente o mais alto da mesa naquele
momento, o de damas. Ficou contente, mas não demonstrou. Obviamente
iria forçar mais um pouco o adversário assim que se desse sequência
ao jogo, o que não demorou a acontecer. Seguindo a ordem da mesa, o
dealer perguntou primeiro ao Small Blind o que ele
queria fazer. O rapaz disse, o mais sóbrio e imparcial que
conseguiu:
- Eu dou
all in...
Eram 24
mil fichas, uma boa quantia. Os olhares se voltaram para Kadu. Caso
aceitasse a aposta também teria que entrar em all in, já que
tinha apenas 22 mil no stack. O break já tinha passado
e não eram mais permitidos rebuys nem add-ons. Se
perdesse, estava fora do torneio. Mesmo assim, não se intimidou.
Sabia que o pôquer não era e nem é um jogo de azar, muito menos de
sorte. É sim um jogo de habilidade. Claro que a sorte tem sua
parcela de responsabilidade nos resultados finais, como em qualquer
outra atividade, mas ela é bem minimizada quando se faz um jogo
baseado numa estratégia que inclua uma análise paciente de cada
oponente, das cartas recebidas em cada rodada e das decisões tomadas
durante o jogo por cada um.
Começou
a pensar friamente enquanto rodava uma de suas fichas por entre os
dedos. Lembrou que durante toda a noite, desde o início do torneio,
pouco depois das 20h, seu oponente foi um péssimo jogador. Fez
burrada atrás de burrada, e só estava ali ainda por conta de um
milagre. Se tivesse algo útil já no início da rodada, como um par,
certamente começaria subindo a aposta, não pagando apenas o blind.
Deveria ter uma mão no máximo com cartas próximas. Talvez nem
isso, já agira como um verdadeiro loose passivo até ali, encarando
apostas iniciais grandes com mãos pífias só para ver no que ia
dar. Se com o flop lhe tivessem vindo cartas favoráveis, que
proporcionassem dois pares ou até uma trinca, o mais sensato seria
deixar o agressor tentar
aumentar o pote novamente, o que teria acontecido, para depois
tentar dar o bote e ganhar um maior número de fichas. Fazer uma
aposta tão grande no início da rodada é ilógico, só serviria
para assustar o oponente. Mas Kadu não se intimidara. Era experiente
e sacou logo de cara o nervosismo e a armação. O Small Blind
devia ter no máximo um par e, na pior das hipóteses, o mais alto,
que era o de damas. Se fosse isso, eles podiam estar no máximo
empatados. Isso sem contar o ás que ainda sobrava na mão de Kadu e
poderia muito bem desempatar o jogo. Então, em poucos segundos o
desafio foi respondido:
- Eu pago...
Como não haviam mais apostas a serem feitas, ambos deram showdown.
A dedução estava correta. Na mão do adversário estava um três e
um ás de naipes diferentes. Conseguir um straight ou um flush
era impossível para ambos, mas as chances de fazer um full house
ou uma trinca eram maiores para Kadu, uma vez que todos na mesa
sabiam, graças a um resmungão, que um dos dois possíveis ternos
já estava fora do jogo. No momento, o que ganhava era o par de
damas.
O dealer
queimou algumas cartas e tirou um nove no turn. A tensão
aumentou. As chances do oponente reduziram-se a conseguir uma trinca
com o único três que possivelmente restava no baralho.
Matematicamente, isso são apenas quatro por cento de chances de
ganhar a partida. Somente a sorte que o salvou até ali poderia
ajudá-lo. Mais algumas cartas queimadas e vem o river, um
três. Um misto de alegria e alívio tomou conta do Small Blind,
que ficou com um sorriso de orelha a orelha, e naquele momento todos
na mesa começaram a ter um pouco mais de fé em milagres, fossem
religiosos ou não. Kadu ficou sem reação. O filho da mãe sortudo
deve ter nascido com o rabo virado pra lua. A mão favorita era a
dele, e mesmo assim acabara perdendo para um fish qualquer.
Que bad beat. Tomou uma verdadeira baralhada.
Depois de se desfazer das fichas, pegou o que sobrou de sua cerveja
e saiu da mesa. Gastou 50 reais no buy-in e não chegara
sequer perto do ranking de premiação, mesmo sendo um dos poucos que
realmente entendia das estratégias do jogo naquela noite. Esta seria
uma mão da qual ele lembraria por alguns dias, detalhe por
detalhe... Mas estava ciente desta possibilidade quando entrou no
jogo. Esses torneios turbo, com duração pequena, favorecem
muito o fator sorte, pois os blinds aumentam muito rápido.
Chega um momento onde entrar no jogo já custa caro. Se fosse um
desses torneios deep stack, mais longos, teria tempo para
aplicar melhor suas estratégias.
Agora
não adiantava reclamar. Pelo menos a noite valeu pela diversão.
Kadu sempre achou proveitoso jogar com as pessoas ao vivo, sejam elas
boas ou ruins. Da pra se aprender muito com isso. Quanto ao dinheiro,
ele pode recuperar numa outra hora. Seja em outro torneio, em algum
cash game ou no próximo dia de trabalho, quando se juntará a
competidores de todo o mundo no pokerstars.com para jogar torneios de
pôquer na internet. Sim, este é o emprego de Kadu desde o metade do
ano passado: jogador profissional de pôquer on-line.
"Pra você é poker cara, pra mim isto é minha vida" (Phil Hellmuth)
Assim como Kadu, muitas outras pessoas tem feito do pôquer on-line seu ganha pão. Afinal, quem não quer trabalhar em casa, na frente do computador e num horário que seja conveniente? Sem contar as possibilidades de lucro. E não é preciso muito para isso. Aqueles que já sabem jogar e tem grana para investir só precisam se inscrever no site e baixar gratuitamente o programa que permitirá participar dos torneios, desde que a conta criada seja abastecida com o crédito necessário. Os sites funcionam como bancos, realizando os descontos cada vez que se entra num torneio, creditando a quantia correspondente ao prêmio cada vez que o jogador entra na faixa de premiação e permitindo saques rápidos e seguros toda vez que se quiser usufruir dos louros da vitória.
Infelizmente
a verdade é que a maioria dos interessados não tem a grana para o
investimento inicial. Isso pois, para ser um negócio lucrativo, não
basta participar de um torneio por dia. Para valer a pena os
jogadores entram em 10, 20 ou quantos torneios lhes forem possíveis
gerir ao mesmo tempo. Assim conseguem aumentar as chances de entrar
na faixa de premiação, que geralmente é de 10% do número de
participantes. Se forem até o final de algum destes torneios os
jogadores ocupam cerca de duas horas do dia, senão menos, e cada vez
que um jogo acaba o computador inicia outro automaticamente. Caso
este ciclo se repita por pouco mais de dez horas, no final de um dia
de trabalho um jogador on-line esforçado terá entrado em
aproximadamente 200 torneios. Se eles custarem uma média de nove
dólares cada, no fim do expediente ele terá gasto algo em torno de
1800 dólares. Mas se ganhar três ou quatro deles e ficar na faixa
de premiação de mais uns poucos, consegue dobrar ou até triplicar
o valor do investimento inicial.
Vendo a
rentabilidade do negócio, alguns investidores, na maioria fãs ricos
do jogo, começaram a contratar estas pessoas que tem vontade de
viver do pôquer, mas não a grana necessária. Eles financiam o
custo dos buy-ins, o treino
dos empregados com profissionais qualificados, e alguns até ajudam
na compra de um computador decente, ferramenta de trabalho
indispensável. Em troca ficam com uma porcentagem do lucro obtido,
inicialmente bem alta, para compensar o risco. Para ser contratado,
basta falar com um desses investidores e fazer uma espécie de teste
admissional, onde o interessado recebe umas noções básicas, uma
quantia em dinheiro e sai para o jogo. Se o jogador tiver potencial,
ele é contratado, informalmente. Aí começam as vídeo-aulas e a
rotina de estudos sobre o pôquer, debruçando-se em cima de livros,
artigos e fóruns na internet. Afinal, o lucro vem com resultados
positivos, o que só é obtido com muito esforço.
Muitas
pessoas dizem que essa coisa de treinar e estudar o jogo é apenas
uma desculpa para não parecer tão vadio, já que os jogadores “não
precisam trabalhar”. Mal sabem eles que os jogadores de pôquer nem
sempre estão em torneios por diversão. Gostam do jogo, claro, mas
ele acaba adquirindo as responsabilidades de qualquer emprego. Muitas
vezes eles estão lá por obrigação, para cumprir tabela.
Principalmente quando estão passando por uma má fase, duvidando da
própria capacidade para o jogo, mas precisam buscar a melhora dos
resultados. Nem todos conseguem suportar essa pressão psicológica,
mas os que passam pela provação veem seus esforços valerem a pena.
Depois de um tempo como empregados, após muito treino, a maioria
deles se sente apta para seguir carreira solo. Alguns acabam largando
seus times (estruturas criadas pelos investidores que reúnem
contratados de todo o mundo, com o intuito de cobrir um maior número
de torneios e aumentar as chances de lucro) e vão jogar sozinhos,
por conta. Outros, mais empreendedores, começam a treinar conhecidos
e montam seus próprios times.
Apesar
das regras serem as mesmas, existem certas peculiaridades entre o
pôquer on-line e os torneios ao vivo, presenciais. Ambos
exigem dos participantes uma boa memória, para permitir uma análise
correta dos opoentes, mas na internet existem programas que ajudam a
examinar os outros jogadores, armazenando dados sobre apostas, perdas
e ganhos, por exemplo. Nos torneios live não se tem esse
recurso, mas é possível fazer uma melhor leitura dos competidores,
através dos gestos, tiques ou o tom de voz de cada um ao apostar.
Por isso nem todo bom jogador virtual é também bom ao vivo e
vice-versa. A estratégia muda.
Outra
diferença diz respeito ao dinheiro. É mais fácil conseguir lucro
no jogo da internet, por diversos motivos. Dentre eles estão o custo
da adesão ao torneio, que geralmente é baixo, o grande número de
participantes iniciantes, o que facilita o jogo para quem tem
experiência, a possibilidade de participar de vários torneios ao
mesmo tempo, o que aumenta a chance de sair vencedor em algum deles,
e o fato de ainda não serem cobrados impostos nos jogos virtuais.
Grandes torneios presenciais, como o Brazilian Series of Poker
– BSOP – chegam a pagar por ano 27,5% do valor do prêmio em
impostos ao governo. Isto, somado ao custo para manter uma estrutura
descente para o jogo, faz com que o preço do buy-in suba e
acabe nivelando os participantes. Geralmente eles são em menor
número (se comparados aos on-line) e mais experientes. Por isso, o
número de profissionais nos torneios live é menor. São
poucos os que se dão bem como André Akkari, revelação do pôquer
brasileiro, conhecido no mundo todo pelos amantes do jogo e mais novo
cliente da empresa de assessoria esportiva 9ine, do Ronaldo fenômeno,
que tem buscado investir nas novas modalidades de esporte.
Sim, o
status do pôquer tem mudado de forma drástica no Brasil nos últimos
anos. Aquele que antigamente era considerado por muitos como um jogo
de azar para viciados em apostas, passou a ser respeitado como um dos
esportes da mente, mesma categoria do xadrez ou do jogo de damas.
Isso pois segundo estudos, a sorte define apenas 20 por cento das
jogadas realizadas, que são aquelas que terminam com o showdown.
Os outros 80 por cento dos casos terminam bem antes, por conta da
habilidade de cada jogador em analisar o oponente, memorizar jogadas,
calcular probabilidades, traçar estratégias e mentir.
Para
alguns conservadores e desentendidos esses estudos podem soar como
desculpas esfarrapadas, mas legalmente esta decisão da Federação
Internacional dos Esportes da Mente (IMSA) fez a diferença. Por
conta dela, várias pessoas puderam começar a se beneficiar com o
jogo sem ferir qualquer lei, desde que paguem os impostos
correspondentes. Entre elas está Valdir de Almeida, um senhor baixo
e de óculos, com 40 anos e cabelo estilo Jack Chan, conhecido por
todos com Vardizão. Morador de Joinville há seis anos, ele tem há
três um estabelecimento especializado em organizar torneios de
pôquer, o Joinville Texas Clube, que abre as portas todas as
segundas, quartas e sextas para qualquer um que queira praticar,
apostar e se divertir. O lugar, organizado, bem iluminado e com pouco
mais de 150 metros quadrados, tem capacidade para realizar torneios
com até 70 pessoas, divididas em sete mesas, o que ainda não
aconteceu. A lotação diária fica em torno dos 35 participantes, e
a máxima atingida foi de 48 jogadores. Além do clube de Valdir,
existem pelo menos outros dois estabelecimentos que organizam
torneios na cidade. Um todas as terças e outro nas quintas. Apesar
de não serem tão grandes quanto o Joinville Texas Clube, são uma
prova indiscutível de que o esporte tem crescido e arrebatado cada
vez mais adeptos.
Trabalhando
nesses clubes estão as pessoas conhecidas como dealers, ou
crupiês. Eles são responsáveis por distribuir as cartas e
monitorar o jogo, servindo muitas vezes de juizes em situações mais
delicadas. Uma delas, que trabalha no clube do Vardizão, o mesmo
onde Kadu levou a baralhada na quarta feira, dia sete de novembro, é
Samanta Ribas, uma moça simpática, com 29 anos e de cabelos longos
e cacheados. Trabalha ali junto com o namorado, faz pouco mais de um
ano. Nas terças quintas e sábados, quando o clube de Valdir está
fechado, eles trabalham como dealer em outros torneios, alguns
até de fora da cidade, e juntos conseguem ter uma renda mensal pouco
maior que 4 mil reais.
Ela já
conhece o jogo faz cinco anos. Apesar de não ter feito nenhum curso
para exercer a função conhece bem as regras do pôquer, único
requisito exigido para ser dealer. Todos os domingos à noite,
Samanta, o namorado e alguns outros amigos se reúnem religiosamente
na casa de alguém para realizar o próprio torneio. O jogo é para
um grupo fechado e tem um buy-in simbólico de cinco ou dez
reais. O objetivo não é deixar ninguém rico, e sim estudar e
discutir cada rodada. Com isso, melhoram sua leitura dos adversários
e dedução das rodadas. Exceto quando a sorte resolve dar as cartas.
sábado, 29 de setembro de 2012
Mais texto ^^
Galera, isso aqui já tá ficando abandonado de novo. Então, como não produzi nada que achasse interessante postar aqui, chupinhei um texto produzido pela minha amiga Karol Lopes que também cursa jornalismo, mas é uma pessoa empenhada, diferente de mim. Na verdade existem muitas outras coisas que a tornam diferente da mim, mas creio que o momento não seja propício para tal explanação...
Caso alguém goste, ela tem o blog Cinema de Boteco, tanto no wordpress quanto no blogger. Acho que a ideia era desativar um deles, mas os dois estão bem empoeirados. De qualquer forma, tem boas leituras ^^
Dados os devidos créditos, segue o texto:
Dona Dina, 78 anos, viciada em velórios
Quarta-feira, nove horas da manhã e Dona Dina já está em pé, pois é uma data importante. É o dia dela ver os seus meninos. Com calma, veste seu vestido preto, meias finas e uma sapatilha também preta. No banheiro, parada na frente do espelho, ajeita os curtos e finos fios do cabelo extremamente branco para trás, deixando apenas um topetinho na franja.
Antes de acabar de se aprontar, liga para seu taxista de confiança e dá os últimos retoques no visual. Abre a bolsa e de dentro dela tira uma pequena nécessaire com inúmeras caixas de remédio. Sim, como muitas senhoras da idade dela, Dona Dina tem mania de tomar remédios. Pílulas para dor de cabeça, dor nas pernas, mal-estar e qualquer tipo de enfermidade que pode acometer uma pessoa. Devidamente trajada com seu modelito “pretinho básico”, ela pega o último acessório, sua inseparável bengala, e espera o motorista chegar.
Osvaldina Brittes Lopes, conhecida como Dona Dina, pois a outra avó de suas netas tem o mesmo nome incomum, é uma elegante viúva de quase oitenta anos. Avó de três meninas, seu hobby preferido pode ser considerado diferente: nas horas vagas ela gosta de ir em enterros de pessoas desconhecidas, em outras palavras, é uma penetra de velórios. Não que ela faça isso todos os dias. Apenas quando vai visitar seus parentes no cemitério.
“Não acredito que isso seja estranho, afinal de contas, só passo pela capela e rezo”, conta. Além de rezar pelo falecido, ela também apoia a família – mesmo que nunca tenha visto na vida. “Muitas das pessoas que eu amo já morreram. Sei bem como é essa sensação de perda”, revela.
Chegando ao cemitério o taxista estaciona o carro em frente à capela. “Hoje é dia de movimento”, comenta Dona Dina referindo-se a quantidade de pessoas presentes. Com a habilidade de quem faz isso há um bom tempo, ela se aproxima de uma senhora sentada em um dos bancos e pergunta quem está sendo velado. “O Oswaldo, primo da Carmen.”
Dona Dina tira um véu preto de dentro da bolsa, entra na capela número três do cemitério e aproxima-se do caixão. Para em frente ao corpo, dá uma olhadela no “morto do dia”, o tal do Oswaldo, cruza as mãos e começa a rezar o Pai Nosso, mas antes mesmo de acabar, emenda com um trecho da Ave Maria. “Sempre me confundo. Acabo juntando as duas orações. O que vale não é a intenção?”.
Dentro da capela, há uma senhora sentada perto de uma coroa de flores, com um lenço na mão. Olha desconfiada para a mulher que ninguém conhece e que está rezando perto do caixão e cochicha alguma coisa com o senhor que está ao lado. “Aquela deve ser a viúva do Oswaldo”, diz Dona Dina.
Assim que volta para o lado de fora da capela, ela se senta em um dos bancos e começa a puxar assunto. “Cemitério deveria ter ar-condicionado”, fala tirando da bolsa um leque bordado de flores vermelhas. A senhora sentada ali por perto concorda e as duas começam a conversar. Falam sobre o tempo, mudam para o trânsito, comentam a perda da família e acabam no assunto que é unanimidade entre as senhoras de idade: doença. E Dona Dina é competitiva. Conta que já teve casos de meningite, bronquite, gastrite, artrite e todas as “ites” possíveis.
Após derrotar a adversária com seu repertório recheado de enfermidades, fala sobre o real motivo da sua ida ao cemitério: “Vim ver os meus meninos”. Cinco anos atrás o único filho de Dona Dina morreu devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame. Três meses depois, foi a vez de o marido deixá-la. “Acho que meu velho morreu de tristeza.”
Ela se despede de todos que ouviram suas histórias e parte para o lugar onde os homens da família Lopes “descansam em paz”. “É engraçado. Só morre homem na nossa família. Sobramos eu, minha nora, minhas netas e minhas irmãs”, observa.
Ao encontrar o túmulo onde os dois estão enterrados, age como estivesse falando com alguém de carne e osso, segundo ela, em algum lugar eles ainda estão ouvindo. “Olá, garotos. Como vocês estão?” Dona Dina repete a oração embaralhada entre o Pai Nosso e a Ave Maria e conta as novidades da família. “A tia Beta foi ontem fazer os exames no hospital, a Karol cortou o cabelo e a Kami arranjou um emprego.” A senhora conversa com os dois como se ouvisse uma resposta. “Vocês lembram daquele vizinho que vivia brigando por causa do cachorro? Mudou-se. Agora, o prédio está mais calmo.”
Embora a conversa entre mortos e vivos pareca estranha, Dona Dina conta que trata o túmulo como se fosse uma extensão de sua casa. “Trago enfeites no Natal, na páscoa e em todos os aniversários venho cantar parabéns”, revela. “Não é porque eles não estão mais aqui que vou esquecê-los”, desabafa.
E quem pensa que é só com a morte dos outros que ela age com tamanha casualidade, engana-se. Dona Dina paga mensalmente seu plano funerário familiar. O pacote, sem limite de idade, conta com assistência odontológica e um jazigo no cemitério incluso no pacote. A garantia do descanso eterno por apenas R$50 mensais. “Já avisei a família. Quando morrer quero ser enterrada de frente para a rua para poder ver o movimento.”
Ela se despede de todos que ouviram suas histórias e parte para o lugar onde os homens da família Lopes “descansam em paz”. “É engraçado. Só morre homem na nossa família. Sobramos eu, minha nora, minhas netas e minhas irmãs”, observa.
Ao encontrar o túmulo onde os dois estão enterrados, age como estivesse falando com alguém de carne e osso, segundo ela, em algum lugar eles ainda estão ouvindo. “Olá, garotos. Como vocês estão?” Dona Dina repete a oração embaralhada entre o Pai Nosso e a Ave Maria e conta as novidades da família. “A tia Beta foi ontem fazer os exames no hospital, a Karol cortou o cabelo e a Kami arranjou um emprego.” A senhora conversa com os dois como se ouvisse uma resposta. “Vocês lembram daquele vizinho que vivia brigando por causa do cachorro? Mudou-se. Agora, o prédio está mais calmo.”
Embora a conversa entre mortos e vivos pareca estranha, Dona Dina conta que trata o túmulo como se fosse uma extensão de sua casa. “Trago enfeites no Natal, na páscoa e em todos os aniversários venho cantar parabéns”, revela. “Não é porque eles não estão mais aqui que vou esquecê-los”, desabafa.
E quem pensa que é só com a morte dos outros que ela age com tamanha casualidade, engana-se. Dona Dina paga mensalmente seu plano funerário familiar. O pacote, sem limite de idade, conta com assistência odontológica e um jazigo no cemitério incluso no pacote. A garantia do descanso eterno por apenas R$50 mensais. “Já avisei a família. Quando morrer quero ser enterrada de frente para a rua para poder ver o movimento.”
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
A vida como ela é
Gabe, quanto custa um pacote de bombril?
Não faço idéia, eu nunca uso.
Então o que você usa pra passar no cu?
Solicitações de amizade: UMA. Confirmar? Excluir?
A cabeça lhe doía mais do que de costume. E para não ficar para trás, o resto do corpo resolveu seguir o mesmo embalo. Provavelmente resultado da péssima noite de sono. Achou que o passar das horas lhe faria esquecer, ou pelo menos se acostumar com a dor. Que nada! Tinha um compromisso às 19h e o cérebro ainda insistia em ouvir as sinapses nervosas. Maldita. Poderia apenas não ir, mas não queria faltar com a palavra. Não desta vez. O relógio de pulso, um Casio F-91W, daqueles do camelô, marca 18h40. Em dois minutos passa um ônibus perto de casa. Se correr da tempo de... AAAAII. Droga. Quem ela acha que é para mudar o jogo, assim, de repente? Não precisava fazer isso. Então, por que aceitar? Deveria faltar... NÃO! Não hoje. 18h44 e o ponto ainda está cheio. Cheiro de atraso no ar. O ônibus chega 18h47, lotado. MALDITA!
Deveriam se encontrar... quem disse? É alguma regra nova de que não fora informado? Afinal este é o século XXI. Pessoas não precisam de mais que um computador para se relacionar. Os 107 amigos na facebook que o digam... O PC foi desligado? Parece que vem aí uma trovoada daquelas. Dentro do ônibus está quente como o inferno. E cheio. Mal e mal tem lugar pra ficar de pé. Uma chuva até que cairia bem. Mas não com o PC ligado. 18h54. Atraso inevitável. Não deveria ter vindo. Saco. Então por que veio? Porque queria! E por que reclama tanto? Dor? Mania? Medo? MEDO!
O ônibus para no ponto final. 18h59. Droga. São 5 minutos até o shopping. A adrenalina toma conta Cada passo, apertado, vem acompanhado de tremores nas pernas, palpitações e indagações. Nunca fora bom em conversas cara a cara. O que deveria falar para não parecer um estranho? Uma piada ou alg...
- Alfredo?
Um calafrio sobe a espinha. Não... Não... Ainda não! Não tinha pensado em nada pra falar. Maldita! As mãos estão encharcadas de suor. Uma piada engraçada... Será que ela já ouv...
- É bom te conhecer assim, pessoalmente, sabe? Ver que você é real, que não fiquei sentada em frente ao PC à toa...Tinha gente que dizi...
Meu Deus, parece uma matraca... será que não consegue fechar a boca? Boca bonita. Lábios bem desenhados, carnudos... Combinam com o rosto. Com o corpo. Que corpo. Ela é linda. Como quebrar o gelo? Como chamar a atenção? Melhor ficar quieto. Parecer intelectual, profun...
- … e você, não vai dizer nada?
São 19h07. Por fora, silêncio. Por dentro, muito ruido. Milhares de possibilidades são processadas ao mesmo tempo. Em meio a confusão mental, um tilt. O cérebro trava e, sem querer, algo escapa.
- Você é bem gostosa né?!
Mais silêncio, agora completo. Definitivamente, relacionamentos são um ponto fraco. Poucas frases poderiam ser piores para o momento. O que vem agora? Um tapa? Seria o lógico... São 19h08. Ainda. Deveria ficar trancafiado no quarto e nunca mais sair. E o tapa, cadê? IDIOTA! BURRO! Será qu...
- HAHAHAHAHA! Você sabe como seduzir... Sabia que você era engraçado... HAHAHA...
Um golpe de sorte, graças a Deus. Mas melhor não contar com ela na próxima vez. Se bem que, talvez, não seja necessária uma próxima vez.
E lembrem-se: a a imagem é do Infame Lúdico...
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Dia do SEXO
06.09, GTalk, 12h50:
- - ALEX, HOJE É DIA DO SEXO, SABIA? VAMOS COMEMORAR?
- - Ok, te levo pra comer uma pizza...
- - PALHA ¬¬
- - Sabe que eu to brincando né?!
- - MESMO *__*
- - Claro! To sem grana... hoje não rola nada...
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